No distrito da solidão se encontra a pobreza, fria, pálida e seca
E no calor do bairro das ilusões vive
o povo, aquele que sofre, mas sonha
aquele que sonha e divide em ambientes apertados seus delírios
quente,
corado,
robusto
No distrito da solidão cada homem tem o direito de possuir cem metros cúbicos de vácuo puro e mais um pequeno porão para repousarem suas angústias e esconder sua loucura
Já no bairro das ilusiones é dever das notas ontomusicais" do jazz se expressarem pelo devir". Sax. Saliva. Neon. Aqui o silêncio é proibido, uns uivam, outros amam e sempre amarão, perderão e logo ganharão
No distrito da solidão a alma penada ânsia o nada, o não-ser e a ditadura burocrática
N
o
bairro das ilusões o libitus" é bebido e tudo sobre a existência é discutido com humilde paciência Negros são as ruas, as almas e os corpos; Negro não pela escuridão, mas pela vasta vida, assim como a terra mais escura é a mais fértil. Viril. Canha.
Em ambos os bairros há tristeSSa, mas um acabou...
sabendo
dançar
com ela