segunda-feira, 4 de março de 2013

Acrópoles dos sonhos

      No distrito da solidão se encontra a pobreza, fria, pálida e seca

E no calor do bairro das ilusões vive 

o povo,          aquele que sofre, mas sonha
                   aquele que sonha e divide       em ambientes apertados        seus delírios
                quente, 
             corado, 
           robusto

      No distrito da solidão cada homem tem o direito de possuir cem metros cúbicos de vácuo puro e mais um pequeno porão para repousarem suas angústias e esconder sua loucura


Já no bairro das ilusiones é dever das notas ontomusicais" do jazz se expressarem pelo devir". Sax. Saliva. Neon. Aqui o silêncio é proibido, uns uivam, outros amam e sempre amarão, perderão e logo ganharão


      No distrito da solidão a alma penada ânsia o nada, o não-ser e a ditadura burocrática
N

bairro das ilusões o libitus" é bebido e tudo sobre a existência é discutido com humilde paciência Negros são as ruas, as almas e os corpos; Negro não pela escuridão, mas pela vasta vida, assim como a terra mais escura é a mais fértil. Viril. Canha.

Em ambos os bairros há tristeSSa, mas um acabou...

        sabendo
    dançar
com ela